terça-feira, 8 de julho de 2008

Macacolândia.


- Bem-vindo a Símio-A.
A voz robotizada saindo dos altos falantes localizados no teto da do trem, anunciava que finalmente tinham chegado ao destino. Tudo na estação parecia pertencer a outro mundo, e de fato pertencia. O teto alto, pelo menos 15 metros de altura, recebia sustentação de pilares de metal, escassos, porém estranhamente firmes. Eram postos em duas fileiras que acompanhavam a enorme estação. A vista, estavam apenas quatro pilares, separados por cerca de 200 metros cada. Eram enormes, e os outros certamente seriam visíveis se o caminho até eles estivesse livre. Cerca de 10 metros acima do solo, telas, por assim dizer, passavam informações numa língua estranha, de todas as partes do mundo, inclusive do seu. As telas pareciam pairar no ar, não tinham uma caixa, como os monitores com que estava acostumado, e nem um suporte para manter-las no alto. Poderiam ser projeções. Mas onde estariam os projetores? Aqui e ali, os interessados nas notícias se aproximavam das telas e com um movimento de mãos, as puxava para baixo. As telas que desciam, pareciam diminuir de tamanho, até se encaixar nas mãos dos leitores. Assim que uma descia, outra imediatamente ocupava seu lugar. Telas estrategicamente posicionadas (e fixas) , pareciam conter o itinerário dos trens da estação. 

O piso da estação era branco. Uma pedra branca, esculpida e alojada em quadrados por todo o chão da estação. As paredes, pareciam feitas da mesma pedra, porém eram de um cinza escuro, quase negro. Enormes janelas de metal deixavam a luz do sol entrar, e apesar dessa ser a única fonte de luz visível, a estação não era escura. Longe disso. A estação brilhava. 

Posicionados de dois em dois, seis mono trilhos seguiam paralelos na estação. Entre eles, um espaço para que os passageiros pudessem caminhar. Os trens eram magníficos, suas linhas eram rústicas e geométricas. Visto a certa distância seu metal parecia mal trabalhado. De perto o observador, se espantaria ao notar que o metal não tinha falhas, todos os encaixes (inclusive das portas, quando fechadas) eram invisíveis, como se a carcaça do trem fosse apenas uma única peça. Apesar dos trilhos, os trem claramente flutuavam a 40 ou 50 centímetros acima do solo, movidos provavelmente por algum poderoso tipo de magnetismo.

- Vamos lá, Jack! A saída é por aqui. Venha, venha... Que cara é essa? Já está impressionado? Você não viu nada ainda...